

Rebu
De Mayara Santana
(21 min, 2021, Brasil, classificação indicativa: 16 anos)
Rebu é um documentário em primeira pessoa que se propõe a investigar dentro da vivência lésbica da diretora, as mais diversas performances de masculinidade, levando em conta seus três últimos relacionamentos e também entrevistas com seu pai. O filme aborda com descontração e deboche, temáticas como o talento paquerador, flexibilidade com a verdade, irresponsabilidade afetiva, impulsividade e romance. Temas que permeiam a vida dos dois personagens, mesmo que separados por um recorte geracional, cultural e de gênero.

Là-Bas
De Chantal Akerman
(78 min, 2006, Bélgica/França, classificação indicativa: 16 anos)
Um trabalho intensamente pessoal e dolorosamente concebido por uma das principais cineastas do cinema, Là-bas revela uma Chantal Akerman despojada e vulnerável abordando um tema que sem dúvida assombrou toda a sua obra.

Me Farei Ouvir
De Bianca Novais e Flora Egécia
(30 min, 2022, Brasil, classificação indicativa: 10 anos)
Investigação acerca da sub-representação feminina na política brasileira a partir do cruzamento entre narrativas e percursos de mulheres com inspiração política, que conquistaram espaços ecoando suas vozes.

Chão
De Camila Freitas
(112 min, 2019, Brasil, classificação indicativa: 10 anos)
Junto ao Movimento Sem Terra, um dos mais longevos movimentos populares brasileiros, Chão vivencia a ocupação das terras de uma usina de cana-de-açúcar em processo de falência. A despeito da estagnação jurídica e da aridez do agronegócio no sul de Goiás, o gesto da ocupação se firma em resistência e reinvenção de uma paisagem em disputa. Vó, PC e os mais de 600 acampados regam diariamente a utopia de um lugar por vir, em um futuro projetado para o horizonte ainda intocável da reforma agrária.
curadoria
Sopram os ventos dos redemoinhos: são elas, são tantas, unidas que chegam e dançam, para anunciar as espirais dos novos tempos e das histórias que querem contar! No gesto sensível e complexo que tem como ponto de partida refletir e evidenciar o protagonismo das mulheres no cinema, a edição especial Mulheridades da Cinema Urbana - Mostra Internacional de Cinema de Arquitetura, celebra e conecta em sua programação as múltiplas formas de ser e se fazer mulher, ao ampliar nossas perspectivas de linguagem, evidenciando a diversidade de narrativas, estéticas, formas de produzir, dirigir e atuar, que extrapolam e tensionam a relação com os padrões ditados pelo cinema hegemônico patriarcal e que fortalecem a nossa (re)existência política, ancestral e artística em teia.
Nesse percurso onde ventilamos possíveis caminhos de pertencimento e de emancipação da nossa identidade, dos nossos desejos e de territórios corpóreos e imaginários, reunimos nesta programação 50 filmes, entre curtas e longas metragens, de 15 países como Brasil, Líbano, Angola, Japão, Costa Rica, França, Chile, Argentina, EUA, entre outros. Todos os filmes se entrelaçam em 27 sessões que acontecem tanto ao ar livre quanto na sala de cinema do CCBB Brasília, entre os dias 13 a 26 de setembro.
Tivemos o desafio cuidadoso de reunir nessa programação realizadoras veteranas e da nova geração que inspiram e ousam em seu cinema. Abrimos nossas honrarias, ao homenagear a pioneira do cinema narrativo Alice Guy, na qual dedicamos a sessão ‘’Eu sou um instante que dura, um instante sem duração”, que será realizada em duas partes: parte I - com exibição do longa biográfico Be Natural: The Untold Story of Alice Guy-Blaché, da diretora Pamela B. Green (EUA) na sala de cinema e parte II - 13 curtas-metragens originais dirigidos pela Alice Guy com trilha sonora ao vivo na sessão ar livre.
Na mesma toada, evidenciamos outras veteranas inspiradoras do cinema como Noami Kawase, Anna Muylaert, Sara Gomez, Cristina Amaral presentes na sessão ‘’As conchas que carrego para casa’’, Agnès Varda com seu curta arquitetônico erótico na sessão “Com amor e tesão”, Chantal Akerman com seu longa La-Bas no duo intimista com o curta Rebu, da diretora pernambucana Mayara Santana na sessão ‘’O que não cabe mais no peito’’, Sarah Maldoror com seu levante de independência Sambizanga na sessão “Mulheres Negras Movimentam Estruturas”.
Entre a nova geração, manifestamos a liberdade de ir, vir e ser pela a emancipação de nossas corporalidades. Somos desejo e coragem, resistência e revolta, somos quem quisermos ser. Nesse sentido, destacamos a sessão ‘’A diaba na rua, no meio do redemoinho’’ com curta-metragens brasileiros dirigidos por Clari Ribeiro, Yasmin Tainá, Wara, Rafaelly La Conga, Estela Lapponi e Ila Giroto e a sessão “Ver, Rever e Transver”, com curtas estrangeiros das realizadoras Mati Diop, Payal Kapadia, Kantarama Gahigiri, Valeria Hoffmann e Everlane Moraes.
E explicitando a volúpia dos prazeres, exibiremos as sessões libidinosas “Com amor e Tesão”, com curtas-metragens de Agnés Varda, Éri Sarmet, Barbara Hammer, Isabela Sandoval e Renata Gąsiorowska que evidenciam a necessidade do gozo como autocuidado e na vitalidade dos nossos afetos e “Entidades Semoventes” com a exibição do longa-metragem Titane, da diretora Julia Ducournau.
Também destacamos a conexão do cinema norte amazônico e do centro-oeste, na sessão ‘’Um rio chamado tempo’’ com a exibição do curta-metragem A velhice ilumina o vento, de Juliana Segóvia e do longa-metragem ‘’Para ter onde ir’’, de Jorane Castro. Outros destaques do centro-oeste é "Mato seco em chamas", de Adirley Queiros e Joana Pimenta, uma codireção luso-brasileira que retrata uma distopia sobre as Gasolineiras da Kebrada e a sessão ‘’Nossas vozes ecoam e vibram’’ com os filmes "Me Farei Ouvir" de Bianca Novais e Flora Egécia e "Chão", de Camila Freitas. São tantas paisagens e territórios que se conectam a essa teia cinematográfica, que também destacamos o precioso e caribenho Ceniza Negra, da diretora argentina Sofia Quirós, que será exibido na sessão “O Silêncio da Mordida”.
Em celebração ao Dia nacional da luta da pessoa com deficiência, teremos em 21 de setembro uma sessão acessível com recursos de acessibilidade abertos seguida de debate, com a finalidade de promover visibilização deste tema tão importante. A sessão especial será formada com filmes presentes em outras sessões, como "A velhice ilumina o vento", de Juliana Segóvia, "Escasso", de Gabriela Gaia Meirelles, "La Hemi", de Ila Giroto e Estela Lapponi, "Jussara", de Camila Ribeiro e "O tempo é um pássaro", de Yasmin Thayná. Além desta sessão, outras serão precedidas ou sucedidas de debate, sendo um total de três atividades como essa. Um outro debate sobre narrativas íntimas e memórias, acontecerá entre as sessões "um rio chamado tempo" e "as conchas que carrego para casa", e mais um outro será sobre afeto e sexualidade, entre as sessões "com amor e tesão" e "entidades semoventes: tudo que tem fim é um começo".
Saindo da sala de cinema, nos finais de semana, de sexta a domingo, teremos exibições em telão ao ar livre no jardim e live projection como projeção mapeada no prédio projetado por Oscar Niemeyer do CCBB Brasília. Serão cinco sessões de cinema ao ar livre, na qual exibiremos entre elas as sessões ‘’Pra onde ir, Porque ficar?’’ com dois filmes premiados, o curta-metragem Escasso, de Gabi Gaia e Clara Anástica e o vencedor do Oscar Nomandland, de Chloé Zhao, e "Minha natureza é feita de curvas e retas, de silêncio e de grito", com a estreia do longa-metragem Fernanda Young: Foge-me ao controle, da diretora Sussana Lira que será exibido com curta Mulheres Palestinas, da realizadora libanesa Jocelyne Saab.
Já a live projection trará uma performance ao vivo de recriação narrativa audiovisual com loops dos filmes em exibição. A apresentação será executada por Mari Mira em uma projeção mapeada na fachada do edifício, criando uma experiência imersiva e inovadora. Além disso, o Coletivo Eixona, com Pati Egito e Isadora Perigo, fará a discotecagem durante o evento e a festa ao final neste mesmo dia.
E ultrapassando os muros do CCBB, no dia 28 de setembro, faremos uma ação coletiva de revitalização da Praça do Reggae, em São Sebastião, com uma festa do Coletivo Jamaicana, com Pati Egito, Mari Mira e Savannah, ao final. A pesquisa sonora de ambos os coletivos foca em dar visibilidade à produção musical de artistas mulheres e LGBTQIA+ do sul global.
Preparamos também uma sessão para o público infantil com os filmes "Òrun Àiyé – a criação do mundo", de Jamile Coelho e Cintia Maria, "Jussara", de Camila Ribeiro, "Macurus", de Julia Vellutini e Mateus de Jesus e "Opy'i Regua", de Júlia Gimenes e Sérgio Guidoux. Nesta sessão nos preocupamos em trazer narrativas diversas como um apontamento para histórias para futuras gerações, carregadas de diversidade.
A proposta desta edição especial é compartilhar, multiplicar, disseminar, sem objetivo de ser um fim si, mas sim uma abertura para múltiplas visões. Ao propormos uma curadoria recortada em seções nomeadas, esperamos que o público possa refletir sobre esses recortes e sobre outros títulos que poderiam compor essas programações. A nossa proposta é espiralar, desejamos outras formas de visualizar esse mosaico. Para os títulos das sessões nos inspiramos livremente em Clarice Lispector, Guimarães Rosa, Mia Couto, Angela Davis, Manoel de Barros, Hilda Hilst, entre outros.
Essa é uma curadoria de força centrífuga, espalhamos para fora de nosso centro criador a sua força criativa. Para criação do imaginário, foi fundamental nos apoiarmos nas mais diversas mulheridades do centro do país e por isso evocamos aqui ao fim deste texto tantos nomes quanto sejam possíveis, pois seria impossível listar todas aqui, por isso indicamos a publicação Águas Correntes: Mulheres no Audiovisual do Centro-Oeste, publicada pela Editora da Universidade Estadual do Goiás (UEG), que se jogou no esforço desse mapeamento.
Daniela Marinho e Thay Limeira

Mulheridades
Entre os dias 13 e 26 de setembro, chega ao Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB Brasília uma edição especial da mostra Cinema Urbana. Lançada em 2019 e com quatro edições realizadas no DF, a Mostra Internacional de Cinema e Arquitetura foi criada para dar vazão a obras que debatem estruturas sociais e dinâmicas do cotidiano urbano. Em 2024, a programação traz olhares audiovisuais para as "mulheridades", exibindo 50 produções, divididas entre 40 curtas e 10 longas de 15 países como Costa Rica, EUA, Bélgica, França, Angola, Japão, Índia, Senegal, Suíça, Chile, Cuba, Líbano, Polônia e Brasil.

Soberane
De Wara
(27 min, 2022, Cuba, classificação indicativa: 14 anos)
Hakan não quer voltar pro Brasil, mas não sabe como confessar para Lissy que não pode mais oferecer a vida que as duas começaram a sonhar fora de Cuba. Hakan enfrenta a sua indecisão quando Lissy descobre que elu escondeu uma possibilidade para sair da ilha. Sem mais opções para ficar, Hakan deve assumir que não é mais a mesma pessoa para poder voltar a sua casa.

Pataki
De Everlane Moraes
(21 min, 2018, Brasil, classificação indicativa: 12 anos)
A água invade a cidade e forma espelhos que distorcem sua imagem. Os peixes agonizam à beira-mar. Na noite de lua puxando a maré, seres de vida monótona são hipnotizados pelos poderes de Iemanjá, a deusa do mar.

Se Eu Tô Aqui É Por Mistério
De Clari Ribeiro
(22 min, 2024, Brasil, classificação indicativa: 14 anos)
A renomada bruxa Dahlia chega ao porto com uma missão: fundar o Clã mais poderoso que já existiu e assim, derrotar a Ordem da Verdade. No futuro, muitas pessoas são trans - mas só algumas são bruxas.

As Inesquecíveis
De Rafaelly (La Conga Rosa)
(7 min, 2023, Brasil, classificação indicativa: 14 anos)
A onça pintada é o maior felino das Américas. A onça pintada também é o animal conhecido por sua beleza e, uma vez achado no meio da floresta, se torna impossível desviar os olhos do esplendor de sua pele. As pessoas onças pintadas são, tal como o felino em questão, pura força de vida. Nesse filme de celebração das várias possibilidades dos corpos trans, a forma de contar sobre essas vidas deve se aliar ao passo da onça no meio do mato: selvagem, livre e opulenta.

Mato Seco Em Chamas
De Adirley Queiroz e Joana Pimenta
(153 min, 2022, Brasil, classificação indicativa: 14 anos)
Léa conta a história das Gasolineiras de Kebradas, tal como ecoa pelas paredes da Colméia, a Prisão Feminina de Brasília, Distrito Federal, Brasil

Òrun Àiyé – A Criação Do Mundo
De Jamile Coelho e Cintia Maria
(12 min, 2015, Brasil, classificação indicativa: Livre)
O vovô Bira (Carlos Betão) conta para a sua neta Luna (Fernanda Crescencio) como os deuses africanos Olodumaré (João Miguel), Orunmilá (Jorge Washington), Oduduwa (Fábio de Santana), Oxalá (Carlinhos Brown), Nanã e Exu interagem para criar a Terra e os seres humanos.

Jussara
De Camila Ribeiro (9 min, 2023, Brasil, classificação indicativa: Livre) Jussara é a memória viva da vila onde mora, conhecida como conselheira e contadora de histórias, encanta e envolve a todos em sua volta. Um dia se percebe cansada de carregar tantas histórias e decide viver a sua própria.

Opy'i Regua
De Júlia Gimenes e Sérgio Guidoux (28 min, 2020, Brasil, classificação indicativa: Livre) Gente grande e gente pequena, sabida e iniciante, pegam junto em um processo de construção, coleta, aprendizagem e reverência. No extremo sul da mata atlântica, após mudar a sua pequena aldeia para uma nova área, a cacica Júlia conduz a construção da Opy, a casa de reza Mbya Guarani.

Os Macurus
De Julia Vellutini e Mateus de Jesus
(7 min, 2022, Brasil, classificação indicativa: Livre)
Ao tentar revitalizar uma praça, os Macurus terão de enfrentar um monstro sem forma.

Escasso
De Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles
(15 min, 2022, Brasil, classificação indicativa: 14 anos)
Um mockumentary político que nunca fala de política. Um filme excessivo, verborrágico, faminto e cômico. ESCASSO acompanha Rose, uma passeadora profissional de pets que apresenta sua nova casa para uma equipe documental enquanto celebra a realização de um sonho: o da casa própria, mesmo que ocupada. Enquanto diz cuidar do imóvel e aguardar o retorno da proprietária, a nova "inquilina" cria intimidade com a casa, assumindo um estado de paixão pela dona ausente.

Ceniza Negra (Terra das Cinzas)
De Sofia Quiros
(82 min, 2019, Costa Rica, classificação indicativa: 14 anos)
Selva tem 13 anos e mora em uma cidade costeira do Caribe. Após a súbita morte da única figura materna que conhece, ela torna-se responsável pelos cuidados com seu avô, que, por sua vez, já não tem mais vontade de viver. Entre sombras misteriosas e jogos inusitados, Selva pensa se deve ajudar o avô a realizar seu desejo, apesar de saber que isto talvez signifique passar sozinha os últimos momentos de sua infância. Semana da Crítica, Cannes 2019.

Nomadland
De Chloé Zhao
(108 min, 2021, EUA, classificação indicativa: 14 anos)
Após o colapso econômico de uma cidade na zona rural de Nevada, Fern (Frances McDormand) arruma sua van e explora uma vida não convencional na vasta paisagem do oeste americano. Ao longo do caminho, ela forma laços inquebráveis com outros nômades nesta história comovente de esperança e resiliência da diretora Chloé Zhao, também estrelada por David Strathairn.

Sambizanga
De Sarah Maldoror
(102 min, 1972, Angola/França, classificação indicativa: 16 anos)
Angola, 1961. Domingos Xavier, militante anticolonialista e membro do Movimento Popular de Libertação de Angola, é detido pela polícia secreta portuguesa e levado para um local desconhecido. Sua esposa Maria embarca em uma marcha pelo país em busca do marido.

A Velhice Ilumina O Vento
De Juliana Segóvia
(20 min, 2023, Brasil, classificação indicativa: 14 anos)
A Velhice Ilumina o Vento conta a história de Valda, mulher preta, idosa, periférica, trabalhadora doméstica da cidade de Cuiabá. Mulher forte, cuiabana do “pé rachado”, Valda subverte em seu cotidiano o paradigma da velhice estigmatizada.

Para Ter Onde Ir
De Jorane Castro
(100 min, 2016, Brasil, classificação indicativa: 14 anos)
Três mulheres com diferentes visões sobre a vida e o amor seguem juntas em uma única viagem, partindo de um cenário urbano para outro onde a natureza bruta prevalece. Eva, mulher madura e pragmática, convida para a sua jornada a amiga Melina, uma mulher livre e sem compromissos, e Keithylennye, uma jovem ex-dançarina de tecnobrega. No caminho, os acontecimentos vividos separadamente pelas três revelam as incertezas e os diferentes sentidos daquela viagem para cada uma delas.

Nosso Pai
De Anna Muylaert
(24 min, 2022, Brasil, classificação indicativa: 10 anos)
Três irmãs são obrigadas a viver juntas durante um dos momentos mais intensos da pandemia, em março de 2021. Da convivência, surgem discussões, uma galinha quebrada no chão da cozinha e também uma ideia inusitada, um plano improvável e a possibilidade de salvar o mundo.

Katatsumori (Caracol)
De Naomi Kawase
(40 min, 1994, Japão, classificação indicativa: 10 anos)
A evocação da avó, o reencontro com o passado e uma lista das coisas que fazem “o coração bater mais forte”.

Abá
De Cristina Amaral e Raquel Gerber
(5 min, 1992, Brasil, classificação indicativa: 10 anos)
Um ato de devoção às energias cósmicas, conhecidas pelos africanos através da religião e da cosmogonia.

Irei a Santiago
De Sara Gómez
(15 min, 1962, Cuba, classificação indicativa: 10 anos)
Uma celebração da cidade oriental Santiago de Cuba e da população negra e afro-cubana — um local onde o passado colonial e a tradição contemporânea se misturam. Com imagens da universidade, das feiras e do festival anual, o narrador fala de fantasmas, dicas de viagens e histórias de resistência.

Atlantics
De Mati Diop
(16 min, 2019, Senegal/França/Bélgica, classificação indicativa: 12 anos)
À medida que a noite cai, ao redor de uma fogueira, Serigne, um jovem dakarois de vinte e poucos anos, conta a seus dois amigos sua odisséia clandestina, um relato épico da travessia do Atlântico.É um filme a serviço da palavra, que, à maneira de um poema sombrio, recolhe o relato épico da travessia do Atlântico de um jovem.

Afternoon Clouds
De Payal Kapadia
(13 min, 2017, Índia, classificação indicativa: 12 anos)
Kaki é uma viúva de 60 anos que vive com sua empregada nepalesa Malti. O filme se passa em uma tarde na casa delas, onde uma flor desabrocha na varanda. Malti encontra inesperadamente um rapaz de sua cidade natal. Enquanto isso, homens no corredor espalham fumaça de repelente de mosquitos, o que provoca pesadelos ruins em Kaki.

Terra Mater (Mother Land)
De Kantarama Gahigiri
(9 min, 2023, Ruanda/Suíça, classificação indicativa: 12 anos)
Tecnologia e resíduos, em nossas terras, em nossos sistemas, em nossos ossos. Vagando pelos nossos espaços, ela não pode deixar de se perguntar: onde está o espaço para a cura?

AliEN0089
De Valeria Hoffmann
(21 min, 2023, Chile, classificação indicativa: 12 anos)
Enquanto uma jogadora envia um vídeo de depoimento para denunciar o assédio que sofre em um videogame, um estranho entra em sua casa e hackeia seu computador, confundindo as fronteiras entre o mundo real e o virtual.

O Tempo É Um Pássaro
De Yasmin Thayná
(17 min, 2023, Brasil, classificação indicativa: 14 anos)
Zuri vive num lugar onde seu pertencimento está por um fio: seus parentes não falam mais a sua língua. Depois de algumas tentativas, ela toma coragem e inicia uma jornada pela construção do seu espaço de conforto e vai ao encontro de sua verdadeira família.


Shangri-La
De Isabel Sandoval
(11 min, 2021, EUA, classificação indicativa: 16 anos)
Para alguns imigrantes, a América representava a prometida Shangri-La. A realidade do século XIX e no início do século XX acabou tornando-se bastante diferente. O filme de Isabel Sandoval volta o seu olhar para esse momento histórico.

Os Prazeres Do Amor No Irã
De Agnès Varda
(7 min, 1976, França, classificação indicativa: 16 anos)
Um homem iraniano e uma mulher francesa passeiam pela cidade de Isfahan, Irã, e descobrem que seu amor se espelha perfeitamente na arquitetura e nos mosaicos das mesquitas da cidade. Como falar de amor enquanto se olha para a mesquita ou falar de arquitetura quando se está na cama?

Uma Paciência Selvagem Me Trouxe Até Aqui
De Éri Sarmet
(26 min, 2021, Brasil, classificação indicativa: 16 anos)
Cansada da solidão, uma motoqueira de meia-idade vai a uma festa lésbica pela primeira vez, onde conhece quatro jovens queer poliamorosas. Ao se reunirem, seus universos criam uma identificação intemporal compartilhada por uma linguagem comum. Durante um fim de semana, elas dividem suas casas.

Pussy
De Renata Gąsiorowska
(8 min, 2016, Polônia, classificação indicativa: 16 anos)
Uma jovem passa a noite sozinha em casa. Ela decide ter uma bela sessão de prazer solo, mas nem tudo corre como planejado.

Multiple Orgasm
De Barbara Hammer
(5 min, 1976, EUA, classificação indicativa: 16 anos)
Uma mão brinca com uma vagina enquanto a mesma cena flutua sobre um mar de formações rochosas eróticas.

Titane
De Julia Ducournau
(101 min, 2021, França/Bélgica, classificação indicativa: 16 anos)
Julia Ducournau retorna com Titane, uma experiência ousada e surpreendentemente única que ganhou de forma sensacional a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes de 2021. Agathe Rousselle é a protagonista como uma dançarina que, após sofrer um acidente de carro na infância, tem uma placa de titânio colocada em sua cabeça. Com Vincent Lindon e Garance Marillier no elenco.

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La Hemi
De Ila Giroto e Estela Lapponi
(12min, 2023, Brasil, classificação indicativa: 14 anos)
"La Hemi" é um curta-metragem performático que mergulha nas ações cotidianas de um corpo hemiparético. A câmera é como espectador e personagem, que ao adentrar o labirinto cerebral de LA HEMI, testemunha a criatividade da personagem, que utiliza uma só mão nos afazeres rotineiros como: amarrar os tênis; escovar os dentes; cortar pão; abrir lata; abrir garrafa pet e até mesmo ralar um queijo. A narrativa sonora espetaculariza a jornada de LA HEMI, focando com ironia e sensualidade a potência disruptiva do corpo DEF (Pessoa com deficiência).

As Mulheres Palestinas
De Jocelyne Saab
(16 min, 1974, Líbano, classificação indicativa: 16 anos)
“Entre o céu e os aviões, não sabemos onde estão as pessoas”. A mulher que fala isso parece estar em meio a uma montanha. Ao seu lado, uma metralhadora.Os aviões que ela fala são as máquinas bélicas do estado de Israel. No território colonizado da Palestina, a luta armada das mulheres se torna central a uma formação política.

Fernanda Young: Foge-me Ao Controle
De Susanna Lira
(87 min, 2024, Brasil, classificação indicativa: 16 anos)
De insana a consciente, de feminista punk a mãe apaixonada. “Os Normais”, “Saia Justa” e todas as faces da artista Fernanda Young, que sacudiu a televisão brasileira e se tornou uma das vozes mais importantes da sua geração.

Be Natural: The Untold Story of Alice Guy-Blaché
De Pamela B. Green
(108 min, 2018, EUA, classificação indicativa: 14 anos)
Como é que Alice Guy Blaché, uma contemporânea dos pioneiros do cinema Edison, os Lumières e Méliès -- que escreveu, dirigiu ou produziu mil filmes, incluindo seu primeiro em 1896, segundo seu próprio relato, 150 filmes com som sincronizado, e que teve uma carreira mais longa do que qualquer um deles e em dois países -- alcançou o auge da fama e do sucesso financeiro e, em seguida, foi esquecida por uma indústria que ajudou a criar?
Ficha técnica
Idealização Cinema Urbana: Liz Sandoval Realização: Moveo Filmes Curadoria: Daniela Marinho e Thay Limeira Direção Geral: Daniela Marinho Direção Artística: Thay Limeira Produção Executiva: Heloísa Schons Comunicação: Agência Um Nome (Guilherme Tavares e Luana Angreves) Identidade Visual: Gabriela Bilá Cenografia: Marina Fontes Curadoria VJ e DJs: Mari Mira e Pati Egito Produção de Cópias: Rafaella Rezende Supervisão de Projeção: Nicolau Araújo Coordenação de Produção: Lela do Cerrado (Tomada Conexões Artísticas) Produção Musical: Tâmara Jacinto Projeção: Jay Barros Consultor de Acessibilidade: Paulo Lafayette Oficinas: Luênia Guedes (Todo Público) Coordenador Administrativo (LIC): Guilherme Azevedo Assistência de Direção Geral: Dagmar Machado Assistência de Produção de Cópias: Dora Simões Assistência de Produção: Isabela Queiroz Assistência de Produção Executiva: Maria Eduarda França Cenotécnico: Arte Ok (Bruno Francisco Chagas) Produção Sala de Cinema: Guilherme Marinho Mestres de Cerimônia: Larissa Mauro e Isabella Baroz Intérprete em Libras: Tatiana Elizabeth Registros Fotográficos: Taysa Barros Acessibilidade: Relatar-se